segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Por que caminhos?

Alcançamos! À nossa frente, os derradeiros metros do caminho iniciado há certo tempo, ao fim dos quais nos aguarda o objetivo planejado e - oh, Deus! - a possibilidade de novas estradas a trilhar. A que lugares nos levarão? Por que terras hão de nos conduzir? Angustia-nos o desconhecimento do outro lado daquela serra que, majestosa e desafiadora, se ergue ao término desta reta final.

O que encontraremos lá adiante?
Um dia imaginamos uma terra acidentada, cujas elevações se sucedem espremendo os regatos, que de repente despencam em belíssimas cachoeiras, mas por lá serpenteiam caminhos de rampas bastante íngremes.

Por vezes é uma terra triste, que contempla o brilho do astro-rei em raros dias, mergulhada em constantes brumas ou encoberta por cinzentas nuvens de chuva.

Por outras, uma terra bastante povoada, onde se erguem belos monumentos e, vez ou outra, uma obra desengonçada, por entre os quais se vive o quotidiano frenético de inúmeras tarefas.

Também vimos uma iluminada terra de planícies úberes, quem sabe pouco explorada, cortada por rios de curvas suaves, através da qual vencemos as distâncias sem maiores sobressaltos.

Perdemo-nos em mil conjecturas. Como insistimos neste vão exercício para a mente, afiadíssima faca para o estômago!

Conheceremos o outro lado ao atingirmos o patamar mais alto, e vislumbraremos, em todas as direções, os caminhos por que podemos seguir. A cada incremento registrado no hodômetro, aumentamos nossa bagagem. Se desconhecemos o devir, temos nossa experiência e a companhia de quem se importa conosco, de quem está a postos para compartilhar não só a alegria diante de magnífica paisagem, como também a ansiedade que turva nossa tomada de decisão.

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