quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Obviedades I


Há um ditado que diz que só paramos de aprender ao fecharmos os olhos pela última vez. É certo que, por motivos específicos, o dizer não se aplica a alguns indivíduos, mas não é deles que este post trata.

As árvores crescem na direção em que melhor podem aproveitar a luz solar, aprendemos lá na escola. Elas não o fazem porque uma decide sobre o crescimento da vizinha, que faz o mesmo com a seguinte. Se posso assim dizer, cada uma simplesmente segue um princípio que lhe é vital; se tiverem de tomar outro lado ao crescer, tomam. Ao seguirmos a vida, refazemos algumas opiniões, não porque, como se costuma dizer, viramos a casaca, ao contrário, há ocasiões em que, por mantermos alguns valores inalterados, descobrimos uma melhor forma de proceder. Tais ajustes de rota nem sempre são fáceis. Podem ser dolorosos a quem é dependente da unânime aprovação alheia por haverem perdido a auto-confiança. Podem ser impossíveis para os que não entendem que uma opinião oposta à sua pode até ensiná-lo mais sobre um princípio que já defendia há muito tempo. Triste é quando vemos os primeiros se consumirem em se convencer ou serem aplaudidos e os últimos se desgastarem em esconjurar o próximo e ou convertê-lo forçosamente.

(A despeito da metáfora, não virei leitor de obras de auto-ajuda, não gosto, e nada contra quem lê.)

2 comentários:

Patricia disse...

E por que metáforas só podem ser usadas em livros de auto-ajuda? =) Meu, muito bom o post. Simples, curto, grosso e relevante.

Paulo Gimenez disse...

duas coisas dão corda no mundo: uma é o sexo e a outra é a mudança. Ah, por falar nisso, o Lucas agora não larga o ursinho Poh que você deu pra ele... Necessidades gengivais. A evolução é tão rápida que já é necessária outra visita!